A paz 
        Por estes dias fará um ano que Renato e eu tomamos algumas decisões que mudaram a nossa vida, que posso dizer, da água para o vinho desde então.
        Olhando para trás vemos o que tivemos que abrir mão e o que alcançamos depois. Deixar alguns “velhos” hábitos (posso assim dizer), para ter novos. Se você estiver passando por isso sabe o que quero dizer. Independentemente de tudo, nada nos afeta tanto em uma decisão do que as pessoas. Por melhor que seja a decisão, deixar para trás amizades construídas ao longo dos anos é sempre algo além do trivial; é difícil e dolorido, mas por outro lado entender o tempo para nossas vidas em todas as áreas é o gás que precisamos ter para continuar e continuar a viver feliz.
        São decisões que marcam muitas vezes um caminho rumo a saudade, tipo, o que estou sentindo agora. Quando Bob Marley disse que “saudade é um sentimento que quando não cabe no coracão, escorre pelos olhos“, penso que estava sendo inspirado por Deus. Você pode não concordar ou me diz: “como assim??” e eu digo que é isso mesmo pois imagino Deus com saudade da gente. Acho que ele chora por nós quando estamos longe Dele e entende totalmente nosso sentimento quando sentimos falta de alguém. 
        Sinto falta de muitos momentos, de pessoas e até daqueles que não davam a mínima pra nós. Pessoas que andavam conosco passaram anos dizendo algo como, “sou seu amigo“, “você é como um filho“, ou coisas assim que faz a gente acreditar naquele momento que é verdade (e depois a gente descobre que não é bem assim). O salmista Davi também passou por algo parecido quando diz que até aquele em que ele confiava, se levantou contra ele (Salmos 41.9). Quando lia os salmos 42, me vi nessa passagem várias vezes quando Davi também dizia: “as minhas lágrimas tem sido o meu alimento dia e noite…”, mas ele termina dizendo “Espera em Deus, pois ainda o louvarei”. Que esperança num momento difícil!
        No ano passado, minha amiga Janice (da fotinho ao lado) acompanhou meus “piores” momentos pessoais bem de perto. Ela mora bem longe de mim, temos vidas muito diferentes, nos vemos muito pouco mas quando nos vemos é o suficiente. Ela está a anos luz na minha frente no que se refere ao amor (ela tem muito a nos ensinar sempre). O amor de Deus na vida dela é tão grande que quando a gente se vê, é bem no tempo certo. Lembro que fui na casa dela compartilhar as decisões que íamos tomar eu dizia, “puxa, será que isso vai acontecer comigo algum dia” porque a situacão me fazia ver que era impossível aquilo que eu queria. E ela sempre acreditando em nós, liberando palavras de vida pra gente sempre dizia coisas como “vocês serão pastores” (na vida ministerial), “vocês podem”, “Deus conta com vocês, ele os ama” (para tantas outras áreas de vida).  Não nos tornamos pastores ainda (risos), mas em menos de um ano que nos vimos, tudo o que eu esperava para minha vida aconteceu. Um amadurecimento talvez, uma nova perspectiva que demorou anos, em menos de um ano alcançamos graças a Deus. 
         Vocês devem estar pensando “fala logo que coisas foram essas”, mas prefiro ainda não dizer, porque todo mundo passa por algo, tem saudade de algo. Mudam os “objetos” mas o sentimento é o mesmo e o objetivo dessa mensagem é que, por mais saudade que tenhamos dos tempos passados, precisamos aprender com nossas decisões e seguir sempre olhando pra frente, mesmo que aqueles a quem amamos não nos deem valor, ou valor aos nossos sonhos. Agradeço a Deus por todas aquelas situações que na época eu queria “passar logo” pelo fogo, pois hoje sei que tudo cooperou para o meu bem. 
          Se estiver com saudade de algo ou alguém assim como eu, faça uma coisa: não fique triste. Nossa morada é no céu. Se alegre hoje e sempre 😉
          “Regozijai-vos sempre no Senhor, outra vez eu digo, regozijai-vos” (Filipenses 4.4)
Esquecendo-me das coisas que parat rás fcam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocacão de Deus, em Cristo Jesus

 Filipenses 3.13,14.